Discos essenciais para Zéu Britto

Artista elege álbuns de Caetano Veloso, Elis Regina e Chico Buarque, entre outros. 
Foto: Igor Mota/ Divulgação.

Como vocês leitores sabem, sou grande fã da obra do baiano Zéu Britto (veja aqui e aqui). E, para estrear uma novação seção no blogzinho, nada melhor que o autor de "Mirabel Molhado" para começar.

A ideia é mostrar quais foram os álbuns que inspiraram músicos em diferentes fases da vida. Achou parecido com a série da Rolling Stone? Sim, peguei a referência de lá mesmo.

Portanto, sem mais delongas, vamos ao Top 10 de Zéu Britto - devidamente acompanhado de uma playlist no final =D (Tropicália está separado, já que o disco não está disponível no Spotify). Tem música pra acompanhar viagens, finais de relacionamento, enfim, música para a vida!

1. Bicho (Caetano Veloso) 1977
Foi o primeiro disco que comprei e ouvi na vida, fiquei apaixonado por cada canção e me tornei discípulo de Caetano imediatamente.

2. Falso Brilhante (Elis Regina) 1976
Já escutava Elis, pois minha mãe era fã e rolava nas fitas cassete durante nossas viagens em família, mas quando obtive essa obra fonográfica, anos depois, marcou meu período de entrada na faculdade, viajava nesse disco...

3. Amoroso (João Gilberto) 1977
Foi um caso de amor imediato com esse artista espetacular, nem sei descrever em palavras o que sentia ao ouvir o álbum, repetia...repetia...nossa!!! Na época estava estudando pro vestibular e não teve jeito, passei em artes cênicas e tive a vida transformada.

4. Almanaque (Chico Buarque) 1981
Rolava as tardes ouvindo esse disco incrível em Salvador, não enjoava. Foi aí que descobri Chico e quis escutar tudo dele. Me inspirou demais e deu vontade de escrever poemas, me achava capaz porque vivia lotado de Buarque rsrs. Se tiverem a oportunidade, escutem!

5. Acabou Chorare (Novos Baianos) 1972
Sem comentários. Pra um baiano que ama sua terra como eu, descobrir este álbum foi intenso, apaixonante, transbordante. Estava começando a dirigir nessa época e o disco não saia do som do carro. Lembro das viagens pra Itaparica com os amigos escutando “Brasil Pandeiro”, “Acabou Chorare”, “Preta Pretinha”...só tem clássicos e fim de papo!

6. Mel (Maria Bethânia) 1979
Me tornei fanático por Bethânia depois que ouvi essa obra especial. A música tema “Mel” foi composta por Wally Salomão (filho de Jequié como eu) e Caetano. O disco inteiro faz sentido, é uma delicia! Colocava no camarim pra me preparar pro espetáculo "As Aventuras de Mandraque”.

7. A Noite do Meu Bem (Nana Caymmi) 1994
Nana está entre as maiores cantoras do mundo pra mim, sem dúvida nenhuma. Quando terminei um namoro em 1998 (sempre fui dramático pra términos rsrs) chorava e repetia o CD. Nana vai fundo e sem piedade...Que disco maravilhoso!!!

8. Tropicália 1968
Enlouqueci de verdade com esse disco antológico da Tropicália. Tem um clima poderoso, e foi através desse disco que conheci Tom Zé e me tornei super fã. Embalou meu período de ator de teatro em Salvador. “Meia noite se improvisa”, “Los Catedrásticos” e tantos momentos espetaculares.

9. Clube da Esquina 1972
O que falar dessa maravilha? Bateu forte em meu coração. Já morava no Rio e já estava trabalhando como compositor. Foi pura inspiração conhecer de uma só vez Milton Nascimento e Lô Borges. Quantas canções arrebatadoras...Fiquei fascinado e passei a acompanhar os mineiros.

10. Gal Tropical (Gal Costa) 1979
Espantava a tristeza, me fazia orgulhoso de ser brasileiro, me fazia rir e chorar. Impressionante a voz da Gal nesse trabalho, pra mim, o melhor disco de sua carreira, só tem clássicos!